Sabe aquele lugar que você sempre ouviu falar… viu fotos… e diz… gostava tanto de ir lá!! e de repente tenho que ficar um Domingo em Paris por causa do trabalho… e uma amiga me sugere… por que não vai ao Monte Saint Michel? Primeira reação foi… é muito longe… tá doida… vou ficar morta para trabalhar na 2ªf… Depois vou verificar as hipóteses… e as menos cansativas… Existiam 3 hipóteses:
1 – Excursão: em autocarro
2 – Por conta própria – Comboios intercidades
3 – Por conta própria – TGV
Proponho a uma colega de trabalho o passeio… e vi receptividade… pronto… já tá… agora vamos ter que ir… 🙂
Após verificar as 3 hipóteses, decidimos que o comboio seria menos cansativo… e o TGV apesar de ser mais caro… era o meio mais rápido e menos cansativo… para quem tenha mais tempo… recomendo o intercidade, fizemos um “mix” , fomos nos TGV que sai da Gare de Montparnasse das 08:09 até Dol De Bretagne, com chegada às 10:43 (os tickets podem ser comprados com antecedência na própria gare e também é possível comprar online – TGV = 87 Euros; Intercidade= 27 Euros). Os tickets são comprados “conjugados” com os autocarros (8 euros), tanto o de ida quanto o de volta, tudo correu lindamente… no horário previsto e sem qualquer stress, os transportes realmente funcionam em França… Em Dol de Bretagne, apanhamos o autocarro que nos levava até a cidade de Saint Michel, que dá acesso ao Monte Saint Michel e que também tem uma vanete gratuita que leva e traz até ao monte… e ainda tem como hipótese…ir numa charrete…
Optamos por ir andando até o Monte… e apreciando a linda paisagem… O que acha? Não vale a pena a caminhada?






Na volta, apanhamos o autocarro no mesmo local, partimos às 18:06… em direcção a vila de Villedieu Poelles (chegada às 18:51), e o comboio Intercidade saiu às 19:06, tendo duração de 4 horas (chegada às 22:05 à gare de Montparnasse).
Como podem verificar, a duração da viagem é inversamente proporcional ao preço do bilhete… quanto menos demora… mais se paga… mas valeu a pena a conjugação da ida de TGV e o retorno de intercidades, os comboios são muito confortáveis… não se sente passar o tempo… a paisagem é linda… principalmente a do fim do dia… por isso… mais um prazer do que propriamente uma viagem cansativa… recomendo!!! Estivemos durante 6 horas visitando o monte, o que verifiquei ser suficiente…
Ao chegar a vila de Saint Michel… já estará a apreciar a paisagem fantástica do monte… da ponte que liga ao monte e também poderá observar “formiguinhas” andando pela areia…






É isso mesmo… parecem formigas… diversos pequenos grupos de pessoas fazendo um dos passeios mais cobiçados de quem vai até ao monte… o passeio pelas areias com um guia…. você deve se perguntar… por que preciso de um guia para andar de uma lado para o outro pela areia? as areias anualmente apanham de surpresa alguns turistas e pode ocorrer uma fatalidade… além de não conhecermos bem as marés e podermos ser apanhados de surpresa quando a maré está a encher… também existe o risco de areia movediça… achava que não existia? que era uma lenda… pois não é… existe e pode ser supreeendido no caminho para o monte, a areia é escorregadia e tem pontos de areia movediça… Este passeio não cheguei a fazer, mas ainda volto lá para fazer 3 coisas:
- Passeio guiado pelas areias
- Ver o castelo iluminado a noite
- Dormir dentro do monte para poder assistir o subir e descer das marés
Mas vou relatar o que aproveitei nesse dia… ao entrar nas muralhas do Monte Saint Michel… parece que voltamos no tempo… e estamos algures na idade média… é simplesmente encantador andar pelas ruelas estreitas…









Sempre a subir em direção à Abadia (pode-se comprar o bilhete antecipadamente no site), principal monumento encontrado no monte…. A abadia é desde 1979 classificada como património mundial da UNESCO Agora vou deixar aqui um pouco mais da história:
“O Monte Saint-Michel (francês Mont Saint-Michel) é uma ilha rochosa na foz do Rio Couesnon, no departamento da Mancha, na França, onde foi construído uma abadia (abadia do Monte Saint-Michel) e santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. Seu antigo nome é “Monte Saint-Michel em perigo do mar” (Mons Sancti Michaeli in periculo mari).




Este mosteiro, fortificado no século XIII, integra um conjunto com mais três cidades cujas fortificações e desenvolvimento são notáveis: Aigues-Mortes (1270-1276), ponto de reunião dos Cruzados rumo à Terra Santa, Carcassone, célebre por suas defesas, e Avinhão, sede alternativa da Cristandade (1309-1377). Estas cidades fortificadas, denominadas “bastides” marcavam a fronteira dos reinos ao final da Idade Média, servindo como elementos de defesa e dando ao povo novas oportunidades sociais. Foram construídas mais de 300 só na França, entre os anos de 1220 e 1350. Além das “bastides”, foram projetadas e construídas em toda a Europa, de Portugal à Polônia, e nomeadamente no sudoeste da França, entre 1136 e 1270 aproximadamente, numerosas “villeneuves” (cidades novas), que muito contribuíram para o nascimento e consolidação de uma classe social burguesa.
Arquitetura:
A arquitetura prodigiosa do monte Saint-Michel e sua baía constituem o ponto turístico mais frequentado da Normandia e um dos primeiros da França, com cerca de 3 200 000 visitantes por ano. Uma estátua de São Miguel colocada no topo da igreja abacial culmina a 170 metros de altura. Diversos prédios e habitações do sítio são, a título individual, classificados como monumentos históricos (a igreja paroquial desde 1909, por exemplo) ou inscritos no inventário suplementar de monumentos históricos.





















A vista a partir da Abadia é linda… neste dia… vimos uma cena bastante curiosa… pessoas fazendo praia nas areias em volta do monte… Apesar do dia ter amanhecido “esquisito”… o sol abriu… e bastante forte!!!







Marés:
O monte era ligado ao continente através de um istmo natural que era coberto pelas marés altas. Ao longo dos séculos a planície alagável em torno foi sendo drenada para criação de pastagens, reduzindo a distância do rochedo à terra, e o rio Couesnon foi canalizado, diminuindo seu aporte de água e acelerando o assoreamento da baía. Em 1879 o istmo foi reforçado e tornou-se uma passagem seca perene. Em 2006 o governo francês anunciou um projeto para tornar novamente o monte uma ilha com a construção de barragens, devendo ser completado em 2012. A última linha de trabalho é agora visível ao pé das muralhas.
Ao longo dos anos… o monte foi sofrendo alterações… ao nível de arquitectura… até chegar ao formato actual…




Podes verificar como estava pela manhã a maré….e como estava ao irmos embora…






Hospedagem e Restaurantes
Ao entrar nas imediações da muralha, fiquei bastante surpresa com a hipótese de poder se alojar no interior do monte, adoraria fazer… e fica nos meus planos para uma próxima visita…

Quanto aos restaurantes, escolhemos para almoçar um com vista para a baía, comemos muito bem!! e por um preço bastante simpático, tinham as “famosas” Formules para o almoço e valia mesmo a pena. Não resisti aos “moules et frites” com um copo de vinho branco a acompanhar… e de sobremesa… tarte normande… adorei!!! Podem conferir nas fotos abaixo 🙂


Espero que com esse post… se você ainda não conhece o Monte Saint Michel… possa conhecer um pouquinho através da minha experiência… que não apenas recomendo… como irei voltar um dia para passar a noite no monte…e fazer o passeio gruiado pelas areias…
Qualquer dúvida ou comentário, estejam a vontade em partilhar… o que eu souber ajudo, o que não souber… posso pesquisar…
Logo ao chegar a vila… encontram um centro de turismo… em que as pessoas que lá estão são super simpáticas e disponíveis a esclarecer qualquer dúvida…



Espero que tenham gostado… de mais um post de Naboavida.blog!! se gostou…deixe seu like!
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